Inspirado no poema Renascer, de Geraldo Coelho Zacarias.
Vê como penso:
Ontem, perdeste-me. Nem sabes quando ou porquê.
Ainda assim, amei-te num amor magoado
que o tempo marcou mais na alma do que no rosto,
[como um fogo que não morre e que não pode ser apagado].
Na tua ausência, afastei as melodias que nos tocaram,
condenando as suas letras ao degredo
[Os sentidos privei do que pudesse potenciar a memória.
Ás palavras acedo apenas em silêncio e em segredo].
Fugi de mim como se pudesse esquecer desejo ardente sob o qual tremi
Concentrei-me no momento em descobri toda a trama:
Ardil. Traição. Enredo que roubou mais que a inocência...
A verdade que absorvi como veneno: não te ama, não te ama...
Ser feliz... O meu corpo como cálice que levaste aos lábios...
Um altar de carne e cetim erguido entre paredes brancas,
Desejos que se transformaram em loucura e fatalidade,
levaram à morte do arrepio e do suspiro, no movimento das ancas.
Não... É tarde e de tão tardia hora, o meu peito não contém a dúvida:
Ainda que não acreditando numa felicidade que tarda...
Por que razão, te equaciono hoje, se ontem me perdeste?
(Ema Moura)
Inspirado no poema Renascer, de Geraldo Coelho Zacarias.
VÊ COMO PENSO...
(INSPIRADO NO POEMA EQUÍVOCO, DE EMA MOURA)
Sim, amaste-me, eu bem o sei...disseram teus olhos...
E eu nada disse...Tu estás certa;
as tuas mágoas, teus desenganos, recolhe-os...
A nos separar...uma porta aberta?...
Mas, se amor é fogo, vê como penso e o que já foi dito:
nunca se apaga!...é infinito!...
As melodias que na “vitrola” tocavam; sim eram pra nós!...
O silêncio foi meu; não sei bem por que...
Em pensar que estando tão próximos; a sós...
Ó, céus...te queria...ó, céus...em mim crê...
Porém, que me culpes, o direito concedo;
mas não digas que não te amei...o fiz em segredo!...
Ardil. Traição...Sim, confesso, sou réu...
Beijei outra boca, deitei noutra cama...
Mas, nem mesmo aquEle que se encontra no céu;
dizer-te poderia, “ele não te ama”!...
Me acusas não amar-te, e não te condeno;
porém sou a vítima de meu próprio veneno!...
Vem, te espero no altar; não é tão tardio...
Crê nas palavras sentidas; tão francas...
Eu sei que tu sentes o mesmo arrepio...
Vem cultuar o amor, no movimento das ancas...
Ontem eu te perdi; porém há um ditado que diz:
NUNCA É TARDE PARA SER FELIZ!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)
INSPIRADO NO POEMA "EQUÍVOCO" DE EMA MOURA;
PUBLICADO NO BLOG http://emoura-brokenwings.blogspot.pt/2015/04/equivoco.html
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